O Grito (Edvard Munch) 
E
 um conjunto infindável de vozes interpela meu inconsciente, nos 
iludindo (eu que escrevo e você quem lê). Elas querem que eu seja dono 
do meu próprio dizer, e eu insisto em negar. Ora, como posso ser dono de
 algo que não controlo? Elas pairam aqui na minha mente, preciso 
ignorá-las de vez em quando, e ouví-las quando me convém. É difícil, 
talvez se eu vivesse isolado, numa ilha, isso não acontecesse, acho que 
nem na ilha seria o ideal, eu precisaria mesmo é do vácuo. Complicado, 
tenho essas regras sociais, o tempo todo me moldando, gerenciando meus 
pensamentos, e até mesmo minha maneira de comer. Indago-me se necessito 
dessas vozes. Mas é um tanto quanto medíocre, tal pensamento, visto que 
eu nem posso controlá-las. Elas ficam aqui na minha cabeça, toda hora, o
 tempo todo, todo instante. Nem dormindo elas saem, me fazem sonhar, 
ficam me iludindo. Ás vezes eu quero fugir delas, e nem sei se esse 
querer é realmente meu. Já não sou mais dono de mim, nem do que eu digo,
 e nem do que escrevo.    
 Lucas Garcia (Me chamam assim!)
Por quê postar no facebook? Por 
quê postar no blog? Quem criou essa "necessidade" de eu ter um 
leitor/ouvinte? Acho que foram essas tal vozes, que se materializam nas 
palavras!   :)   \o/