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terça-feira, 21 de agosto de 2012

O Grito

O Grito (Edvard Munch)
E um conjunto infindável de vozes interpela meu inconsciente, nos iludindo (eu que escrevo e você quem lê). Elas querem que eu seja dono do meu próprio dizer, e eu insisto em negar. Ora, como posso ser dono de algo que não controlo? Elas pairam aqui na minha mente, preciso ignorá-las de vez em quando, e ouví-las quando me convém. É difícil, talvez se eu vivesse isolado, numa ilha, isso não acontecesse, acho que nem na ilha seria o ideal, eu precisaria mesmo é do vácuo. Complicado, tenho essas regras sociais, o tempo todo me moldando, gerenciando meus pensamentos, e até mesmo minha maneira de comer. Indago-me se necessito dessas vozes. Mas é um tanto quanto medíocre, tal pensamento, visto que eu nem posso controlá-las. Elas ficam aqui na minha cabeça, toda hora, o tempo todo, todo instante. Nem dormindo elas saem, me fazem sonhar, ficam me iludindo. Ás vezes eu quero fugir delas, e nem sei se esse querer é realmente meu. Já não sou mais dono de mim, nem do que eu digo, e nem do que escrevo.
Lucas Garcia (Me chamam assim!)
Por quê postar no facebook? Por quê postar no blog? Quem criou essa "necessidade" de eu ter um leitor/ouvinte? Acho que foram essas tal vozes, que se materializam nas palavras! :) \o/

2 comentários:

  1. Muito bom, acho que temos um escritor se acendendo em palavras novas, palavras antigas e as que nunca surgirão.

    Daqui a algum tempo, teremos um museu que se chamara palavras inignoráveis, sobre o poeta Lucas Garcia.

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  2. É um eterno paradoxo entender a mente usando a mente. Mas não se esqueça que a mente é um músculo e ela que tem que nos servir e não nós a ela.São necessárias pouco dela para vivermos, o resto é ruido, sintonia errada.
    Essa obra "O Grito" talvez tenha sido o auge dessas frequencias.

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